sábado, 21 de junho de 2008

Veronne...

Desde que me juntei a ele, logo reparei que este possuía uma extrema admiração pelo seu primo, que o acompanhava no exacto instante em que me lhe juntei.
Mal sabia eu, que esta admiração urgia desde há muito tempo, forjada numa infância que tão-somente apanhei na ultima metade.
Ainda assim, percebi que esta o ligava ao primo, como liga um irmão mais novo a um mais velho.
Aparentemente sempre assim fora, ao longo dos anos, ao ponto de, aos seus olhos, este ser o seu melhor amigo.
Desde pequenos, a sua numerosa família, prolifera em primos e mais primos, os levara a formar um enorme grupo de amigos, e, em todos os Verões, sem excepção, era esse o seu grupo de escolha.
Mas como em tudo na existência humana, que acompanho desde há muito, todo o grupo cresceu, afastou-se, e para trás ficaram as criancices de miúdos que outrora os juntavam.
Assim, naquele Verão, que marcaria a primeira grande transição na sua vida, ele tentava manter a amizade que o ligava ao seu primo.
Assim sendo, todo esse Verão, passou-o com ele e os amigos deste.
Como pode compreender-se, na fase da vida em que estava, o meu companheiro tornara-se, à falta de melhor termo, introvertido, pelo que nos 3 meses que durou esse mesmo Verão, nunca se adaptou bem à sua situação.
Foi estranho, tendo em conta que conhecia todas as pessoas com quem lidava, fruto da sua amizade com o seu primo, perceber que mesmo assim, não sabia como estar com essas mesmas pessoas…
Continuava a achar que simplesmente não pertencia ao grupo onde se encontrava, e, não fosse o laço que o ligava ao primo, teria passado esse tempo sozinho.
Mas, assim como o ano anterior passara, também o Verão passaria, e ele finalmente encontraria o que procurava, assim como muito mais do que alguma vez esperara, mudaria na sua vida…

Sem comentários: